quinta-feira, 2 de junho de 2011

André Lopes: Porque me candidato pelo Mep?

André da Silva Lopes
Porque me candidato pelo Mep?

Nestas eleições tomei a decisão de aceitar o convite que me foi dirigido para integrar a lista de candidatos do MEP – Movimento Esperança Portugal – por Leiria.
Sou apenas um jovem de 22 anos, nascido na região Cister, mais precisamente Benedita (Alcobaça), preocupado com o rumo do país e com anos e anos de alternância na escolha do “mal menor”, compreendo que muitas pessoas não queiram saber da política e que a achem desinteressante mas é muito importante e necessária, embora não tenhamos sido bem representados, na minha opinião.
Face a este cenário de crise, que não acontece pela primeira vez, julgo que é importante ter no Parlamento uma voz como a do MEP, uma voz de esperança e uma voz das famílias, preocupada com as suas dificuldades.
É necessário apoiar a economia mas sem esquecer a coesão social, nesse contexto as famílias são importantes mas vão atravessar um período de grandes dificuldades e o MEP posiciona-se nesse aspecto enquanto defensor das famílias.
Tenho a esperança de que é possível viver numa sociedade melhor, com melhor educação, melhor qualidade de vida e menos desigualdades, nesse sentido penso que é necessária uma mudança social e política, um novo rumo, de cooperação, diálogo, solidariedade, exemplo, tolerância e respeito. É necessário um novo paradigma que congregue tudo isto e isso só será possível se a sociedade civil se mobilizar e despertar para esta realidade, não faz sentido ir cada um para seu canto, o sentido sempre deveria ter sido só um, Portugal!
É esse o sentido, aí deve estar o nosso empenho e ambição, de mudar e ajudar a (re)construir Portugal, sabendo que melhor é possível e aceitando as dificuldades que atravessamos com esperança, procurando ultrapassá-las.
«Para continuar por vezes é necessário refazer.»
Todos nós sonhamos em fazer algo de novo, em mudar para melhor, calculo eu.
Somos movidos pela esperança de que podemos deixar a nossa marca por onde passarmos, começamos por pensar "querer mudar o mundo", a utopia longínqua de atingir algo que é visto como impossível se a levarmos à letra, mas eis que nos esquecemos do que podemos realmente fazer e nos fixamos no que não conseguimos, aliás deixando no ar a ideia de que aquilo que é difícil tem mais facilmente a nossa atenção.
Nunca estamos satisfeitos com nada, raramente agradecemos o que temos e poucas vezes valorizamos os que estão à nossa volta e ainda menos vezes os compreendemos e mostramos a nossa tolerância e respeito.
Creio que o orgulho é algo que nos mata e nos condiciona em alguns aspectos, nomeadamente quando ficamos cheios de nós e nos comparamos aos outros, quando rebaixamos alguém ou tão somente quando nos julgamos superiores e ignoramos ou passamos ao lado de alguém que não possui a mesma condição que a nossa.
Realmente, não é possível pensar em mudar o mundo sem antes nos mudarmos a nós mesmos, reforçando a ideia de que não é possível construir nada sem pensarmos primeiro no que podemos melhorar, o que fazemos de errado e se o que fazemos é o mais acertado.
E mudar o mundo começa bem mais perto do que pensamos, o mundo começa a mudar logo quando nós  mudamos, quando mudamos o nosso espaço e quando tentamos e ou conseguimos fazer algo de positivo à nossa volta.
Por isso digo que para continuar, por vezes, é necessário refazer.
Creio que todos possuímos e conhecemos uma forma básica de mudar o "nosso mundo", o que está à nossa volta, algo tão básico como um sorriso que pode gerar mais sorrisos ao invés de passarmos o nosso dia sem qualquer expressão na face enquanto passamos por várias pessoas, como se elas não estivessem ali.
Considerando este contexto e pensando no filme "Pay it forward", se pensarmos num esquema simples como tentar ajudar 3 pessoas esperando que elas consigam depois passar para a frente e ajudar mais 3 cada uma delas, juntos formamos uma corrente/cadeia de "favores" dos quais não esperamos nada em troca ou não deveríamos esperar, porque sentir a nossa utilidade junto de outra pessoa, sentir que essa pessoa necessita de ajuda e poder ajudar já é gratificante e todos saímos vencedores de um mundo melhor.
Todos queremos o mesmo, queremos melhores salários, condições e qualidade de vida mas sobretudo desejamos um horizonte mais positivo.
No entanto, é necessário haver cooperação e solidariedade entre nós cidadãos que só agora estamos a "despertar" deste estado mórbido e flácido, é necessário querer construir e querer fazer mais e melhor do que já fazemos. É necessário formar as pessoas à nossa volta e dar-lhes a possibilidade e o "poder" para que consigam pensar por elas próprias. Portugal não é feito de partidos é feito de cidadãos, como eu e como tu. Não basta só protestar e não basta dizer "basta", aliás nada basta, nada é suficiente porque melhor é sempre possível.
Assim necessitamos de esclarecer as pessoas, de dar maior representatividade aos seus problemas, de fazer chegar as suas intenções, ideias e opiniões a uma escala hierárquica superior.
E para construir isto não é só necessário mudar os que estão no poder, é necessário também que essa mudança aconteça em nós mesmos e na nossa vida e na nossa forma de pensar, ver, perceber, entender e fazer as coisas. São muitos verbos, mas têm um sentido diferente entre eles e são todos necessários. Devemos promover bases para uma melhor mentalidade e um país mais sustentável, mais justo, mais solidário, mais desenvolvido e localizado nos cidadãos.
Em tempos difíceis, parece que a esperança se desvanece e que "nada há a fazer" e de que "nada pode ser feito" porque "não há solução", mas eu acredito nas pessoas e acredito que cada um de nós tem ideias e é capaz de pensar e desenolver essas ideias, de as discutir e de as partilhar, acredito na cooperação e no desenvolvimento local e regional que pode aumentar a proximidade entre as pessoas para que as elas possam viver em maior harmonia.
A esperança foca-se no horizonte que se pretende alcançar, porque não tentar criar e promover rumos e direcções para um futuro, um país, um mundo melhor?
O nosso esforço não será em vão se tentarmos passar da palavra à acção, se acreditarmos e se nos empenharmos naquilo que acreditamos.
Rui Marques, líder do MEP, é para mim um grande homem, que muito estimo. Um cidadão preocupado e envolvido na sociedade e no bem comum, entre várias organizações, associações e projectos, ressalvo as iniciativas que promoveu de missão e paz em Timor, nomeadamente a Missão Paz em Timor - Lusitânia Expresso mas também o seu papel enquanto Alto-Comissário para a Imigração, bem como os resultados que conseguiu obter.
Este exemplo de vida de Rui Marques demonstra para mim que Portugal depende de nós, de todos nós e é na consolidação dessa força que poderemos ir longe. Eu voto consciente e útil porque voto no MEP, porque acredito que este projecto com ideias boas, novas e positivas é necessário para o panorama político, transportando a voz da árdua esperança e das famílias, mas sobretudo porque representa a cidadania e a sociedade civil.
É importante que os partidos dêem o exemplo e o MEP tem dado esse exemplo e esse testemunho de política pela positiva mesmo sem ter tido assento parlamentar, por exemplo através de uma "Campanha a Custo Zero" para as nossas finanças públicas, mas também através dos "Comícios mais pequenos do mundo", de tertúlias e de visitas a instituições e associações.
Aproxima-se mais um momento decisivo.
Informem-se e conheçam o Mep, as suas ideias e propostas em www.mep.pt. 
André Lopes

3 comentários:

Helder Reis disse...

Muito obrigado pelo teu testemunho André. Força para a ponta final da campanha.

André Silva Lopes disse...

Obrigado pela força Hélder.
Continuemos com entusiasmo até à recta final, Domingo não depende de nós apoiantes (MEP), depende dos eleitores. Um abraço

ruigomezz disse...

Extraordinário testemunho de alguém que partilha, como eu, da esperança num Portugal e que seguramente, "Melhor é Possível".
Obrigado André pelo teu testemunho...